HISTORIA DA AGUARDENTE

História da Aguardente

A aguardente – de – cana, a bebida mais popular do Brasil é definida pela legislação brasileira como produto alcoólico obtido a partir da destilação do caldo de cana fermentado devendo apresentar teor alcoólico entre 38º e 54º GL. Sua história remonta dos primórdios do século XVI, como sendo a primeira bebida destilada entre nós.

A partir de 1584 o trabalho escravo foi fundamental para o desenvolvimento de indústria do açúcar, concorrendo, dentre outras coisas, para aumentar a produção da cachaça, pois os alambiques estavam situados quase exclusivamente nos engenhos.

Inicialmente, a cachaça era a espuma da caldeira em que se purificava o caldo de cana a fogo lento e servia como alimento para bestas, cabras e ovelhas. Assim, por algum tempo, foi considerada um produto secundário da indústria açucareira; era mais  uma garapa e não tinha nenhum teor alcoólico. Somente depois da metade do século XVI é que a cachaça passou a ser produzida em alambique de barro, posteriormente de cobre, sob a forma e nome de aguardente. Com o passar do tempo a produção da cachaça foi aumentando e sua qualidade sendo aprimorada. Nos engenhos do nordeste era costume dar cachaça aos escravos na primeira refeição do dia, afim de que pudessem suportar melhor o trabalho árduo dos canaviais. Reservada inicialmente a escravos, a cachaça, com o aprimoramento da produção, atraiu muitos consumidores e passou a ter importância econômica para o Brasil colonial. Tal fato tornou-se uma ameaça aos interesses Portugueses, pois a bagaceira passou a ser consumida em menos escala, enquanto a cachaça saiu das senzalas e se introduziu não só na mesa do Senhor do engenho, como também nas casas Portuguesas.

Diante desta realidade, a venda da cachaça foi proibida na Bahia em 1635 e em 1639 deu-se a primeira tentativa de impedir até o seu fabrico. Ao tempo da transmigração da corte Portuguesa em 1808 para ao Rio de Janeiro, a cachaça já era considerada como um dos principais produtos da economia Brasileira. Em 1819 já se podia dizer que a cachaça era a aguardente do país. Tornou-se a bebida dos brasileiros que, por amor à pátria, recusavam o vinho, especialmente os que vinham de Portugal, e faziam questão de brindar com cachaça. Hoje em dia quase toda a produção da cachaça se faz em destilarias independentes dos antigos engenhos e das atuais usinas de fabrico de açúcar. Incontáveis são os alambiques de pequeno porte, espalhado pôr todo o território. A nível mundial, em termos de produção e consumo de bebida destilada, sem dúvida a cachaça ocupa, atualmente, um dos primeiros lugares.


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